Da presença ao conforto, veja o que os pais podem fazer para se mostrarem presentes na vida familiar
Muitos casais, especialmente os de primeira viagem, podem ficar confusos sobre o que fazer no período da gravidez. E por mais que os médicos, amigos e família instruam alguns cuidados e dicas para a futura mamãe, nem sempre o mesmo cuidado é repassado aos papais.
E com isso, surge a famigerada dúvida: qual o papel do companheiro durante a gravidez? Porque pode parecer mais claro para o pai como ele pode participar dos cuidados com o filho após ele nascer, mas, durante a gravidez, em que o bebê está na barriga da mãe, pode parecer que os pais não têm muito o que fazer além de esperar.
Entretanto, desde os nove meses gestacionais até o período pós-parto, o pai terá inúmeras oportunidades de ajudar a cuidar de seus filhos, e até mesmo criar um vínculo paterno desde cedo.
Separei a seguir tudo que é possível fazer nesse período para os papais de primeira viagem praticarem no dia a dia:
Qual é o papel do pai durante a gravidez?
O período de gravidez e o momento do parto podem ser exaustivos tanto física quanto emocionalmente para as mulheres. Portanto, ajudá-las de qualquer maneira que puder certamente irá beneficiar seu relacionamento e, claro, fará bem ao bebê.
No começo, é compreensível que muitos pais fiquem chocados e surpresos na hora do anúncio de uma gestação, mas pense por outro lado: a parceira também não está com os mesmos sentimentos? Por isso, não deixe de pensar que ela também vai precisar de apoio e suporte emocional ao dar ou descobrir essa notícia.
O que pode ajudar a passar esse período letárgico até o casal se acostumar mais com a ideia de que serão pais é não contar para ninguém sobre essa revelação nos primeiros três meses. Use esse tempo para absorver a informação e processar os próximos planos para o futuro.
Enquanto isso, uma boa forma de dar o primeiro passo é ir às consultas e exames que a mulher precisa fazer no neonatal. Muitas vezes, o entendimento sobre a gestação fica mais claro quando sai da boca de um profissional de saúde, e é a partir desse momento que os pais já começam a auxiliar durante a gravidez.
Como fica o relacionamento durante a gravidez?
Alguns homens se preocupam em como ficará o relacionamento com a chegada de um terceiro membro na família. E para piorar, nessa etapa, a gestante pode apresentar alterações de humor e enjoos matinais ao longo dos nove meses, que impactam na rotina e nas relações interpessoais do casal.
Mas para os futuros papais, é importante não levar isso para o lado pessoal e encorajar a companheira a comer em poucas quantidades e com mais pausa até que ela se sinta melhor.
Além disso, não é preciso deixar a vida amorosa de lado. Não há problema, por exemplo, em manter relações íntimas durante a gravidez, desde que ambos tenham vontade. Pode parecer diferente, mas não prejudicará o bebê.
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O parceiro pode também apoiar a mulher sendo paciente e encontrando outras maneiras de ser íntimo, como trocando beijos, carícias e massagens. Pode também surpreendê-la com encontros românticos, fazer um jantar especial e outras atitudes similares, independentemente de a gravidez estar acontecendo.
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Algumas atitudes diárias podem ser importantes para levar em conta:
Companhia constante
O papel paternal pode começar desde antes do bebê nascer, ainda na gestação. A começar pela ida às consultas neonatais juntamente da mulher, pois é a partir dali que um vínculo poderá surgir. Ele será capaz de ouvir os batimentos cardíacos do bebê, vê-lo se movendo na tela do ultrassom e ouvir as palavras de conforto e instruções dos médicos.
Alívio às gestantes
Outra forma de ajudar nessa fase é cuidar da parceira que está grávida. Deixá-la confortável e feliz no dia a dia certamente irá auxiliar nesse processo. O companheiro pode antecipar trabalhos e tarefas que geram um acúmulo na carga mental, por exemplo.
Cuide dos outros filhos
É importante sempre se mostrar disposto a colaborar, independentemente da situação. E para quem já tem filhos, outra maneira de demonstrar ajuda é tomar conta deles e, até mesmo, aumentar o vínculo paternal com os filhos mais velhos enquanto esperam a chegada do caçula.
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Interaja com o bebê
Uma vez que seu filho nasceu, não deixe de se aproximar dele sempre que puder. Fale com ele baixinho, a partir da primeira semana ele já é capaz de memorizar a sua voz e se acostumar no futuro. Segure-o no colo para incentivar o contato pele a pele, isso ajuda a regular a temperatura e a frequência dos batimentos cardíacos dele. Manter o contato visual também é aconselhável.
Esteja presente
Seu bebê está recebendo introdução alimentar aos seis meses de idade? Faça parte das refeições junto a ele. Está precisando de ajuda para trocar a fralda ou ir ao banheiro? Se voluntarie.
São nesses pequenos momentos que ele saberá que pode contar com você desde cedo.
Preparo para o parto
Você pode e deve exercer um papel ativo durante o parto. Converse com sua companheira sobre qual é o plano de parto que ela gostaria de seguir e entenda, com a equipe que os acompanha, como você pode participar ativamente.
Pode ser fazendo um curso de doula e auxiliando sua mulher no parto, se ela desejar que seja natural, pode ser dando apoio emocional, com massagens e o que mais ela precisar neste momento.
Você pode também cortar o cordão umbilical, acompanhar o bebê durante todos os processos após o nascimento para que ele não se sinta sozinho.
Todas essas definições do seu papel durante o parto, devem ser tomadas ainda durante a gestação.
Quando o bebê sente a presença do pai?
Embora possa parecer avassalador no início, os instintos naturais irão assumir o controle e quando menos esperar, estará fazendo parte da vida do seu filho. Pode ser uma simples brincadeira nas primeiras semanas ou uma história que você goste de contar quando ele completar um ano de vida, mas esse vínculo já faz com que ele sinta sua presença por perto.
Mas se ainda assim achar que seu bebê não está sentindo sua presença ou que o vínculo não foi criado, é importante falar com o pediatra dele e entender os motivos que te levam a sentir esse afastamento.
E lembre-se: sentimentos de ansiedade e até tristeza são normais para todos os novos pais. Além disso, homens também podem sofrer de depressão pós-parto. Portanto, não hesite em procurar por auxílio profissional se precisar de apoio emocional e mental.
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De mãe em mãe, construiremos um novo maternar!