Condição faz com que o tônus muscular diminua e pode ser descoberta ainda na infância
Você já ouviu falar em hipotonia? Essa condição que afeta os músculos costuma ser diagnosticada ainda na infância e pode ser chamada por algumas pessoas como a “síndrome do bebê mole”, quando os membros da criança parecem mais fragilizados.
Mas como saber se o bebê tem este problema de saúde? E existe algum tratamento que possa ajudar no fortalecimento dos músculos? A seguir, eu separei essas e outras dúvidas e suas respectivas respostas:
O que é hipotonia?
Hipotonia significa a diminuição do tônus muscular. Ela pode ser uma condição por si só, que os médicos chamam de hipotonia congênita, ou ser um indicativo de que existe outro problema mais grave, como uma distrofia muscular ou até uma paralisia cerebral.
Geralmente, a hipotonia é diagnosticada ainda na infância. Ela pode ser notada quando o bebê, ao ser segurado, apresenta uma sensação de “boneco de pano”, com os membros como braços e pernas amolecidos.
É possível notar também que bebês com essa condição podem ter um atraso em certos marcos de desenvolvimento motor, como dificuldade para manter a cabeça erguida quando estiver de bruços, menor capacidade de se equilibrar e de permanecer sentado por mais tempo, além de comprometimento na fala e na respiração.
Quais são as causas da hipotonia?
Existem diversas causas por trás da hipotonia em bebês. As mais comuns costumam estar associadas a outras condições pré-existentes, como distrofia muscular, paralisia cerebral, Síndrome de Down e outras síndromes que afetam o sistema nervoso central.
Porém, o problema pode ser congênito e ocorrer de forma isolada, nem sempre sendo indicativo de outra doença. Nesses casos, surge um erro de comunicação entre as vias que controlam os movimentos do corpo do bebê, afetando o cérebro, a medula espinhal, os nervos e os músculos.
O motivo varia, incluindo danos cerebrais ou pré-existentes na formação do cérebro do bebê durante o desenvolvimento fetal, condições que afetam os nervos, infecções e, por fim, falta de oxigênio antes ou imediatamente depois do nascimento do bebê.
Quais são os sintomas da hipotonia?
Um dos sintomas mais recorrentes em bebês com hipotonia costuma ser o corpo flácido, com os membros amolecidos e enfraquecidos. Você irá notar que o bebê não consegue levantar a cabeça ou controlar o pescoço, ou terá dificuldade de mexer os braços e pernas.
Mas, além disso, o bebê pode apresentar dificuldade para engolir ou sugar o leite materno, para emitir sons e fala, para respirar e até mesmo para chorar alto. Os reflexos podem ser mais lentos e as articulações se fecham com mais dificuldade.
Como é o diagnóstico desta condição?
Ao suspeitar que seu bebê apresenta um ou mais dos sintomas anteriormente citados, procure por ajuda de um pediatra para realizar o diagnóstico mais preciso da hipotonia. Como as causas são diversas, pode levar um certo tempo até identificar o que pode estar causando o problema de saúde, e para isso, podem ser necessários testes mais aprofundados.
O médico pode pedir exames de sangue, eletromiografia para medir a função neural, um eletroencefalograma para saber como está a atividade elétrica cerebral, uma tomografia ou ressonância magnética no cérebro, uma punção lombar para medir a pressão interna na coluna e até mesmo uma biópsia muscular para estudar o caso microscopicamente, dependendo do caso.
Além dos testes laboratoriais, o especialista pode realizar ainda exames físicos e simples, como os que exigem habilidades motoras e sensoriais, equilíbrio, coordenação motora, estado mental e reflexos. Por fim, pode ser necessário ainda um teste genético para saber se existe alguma síndrome associada à condição.
Como é o tratamento da hipotonia?
Uma vez que o diagnóstico esteja concluído, o pediatra irá indicar maneiras de tratar a hipotonia no bebê. Não existe, ao certo, uma cura que funcione para todos os casos, mas há maneiras de melhorar a coordenação e fortalecer os músculos do bebê.
Para isso, podem ser necessários os seguintes cuidados:
Prescrição medicamentosa
É indicada quando o bebê possui a condição comprovadamente associada a algum tipo de infecção. O uso deve ser sempre supervisionado pelo médico e acompanhado por uma nova bateria de exames para saber se a infecção foi controlada.
Estímulos sensoriais
Permitem, por meio de terapias, ajudar os bebês e as crianças pequenas a responderem a ações ligadas aos cinco sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar. Também permite praticar habilidades motoras finas para o dia a dia.
Fisioterapia
Permite que a criança tenha um maior controle de seus movimentos, praticando a força e o tônus musculares por mais tempo.
Fonoaudiologia
Essencial para casos em que a criança não consegue desenvolver a fala, a respiração e a deglutição por conta da hipotonia. Vale ressaltar que, apesar de ser uma condição que dura a vida toda, essas medidas, quando bem-sucedidas, podem tornar a vida do bebê e dos pais mais tranquila.
Qual a diferença entre hipotonia e hipertonia?
Apesar dos nomes serem semelhantes, essas duas condições são praticamente opostas uma à outra. Enquanto na hipotonia, o bebê fica com o corpo mais flácido e músculos mais fragilizados, a hipertonia faz com que a criança tenha uma maior rigidez muscular, o que também pode comprometer o movimento dos braços, pernas e pescoço, mas por outro viés.
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Referências bibliográficas:
Muscle Weakness (Hypotonia). Boston Children’s Hospital, acesso em fevereiro de 2024.
What Is Hypotonia? WebMD, 2022.
Hypotonia in Babies. Cleveland Clinic, 2021.