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Calendário de vacinação infantil: dos 2 aos 10 anos

Saiba quais vacinas seu filho precisa tomar após o primeiro ano de vida e entenda as diferenças entre o SUS e as clínicas particulares.

O primeiro ano de vida de um bebê é marcado por muitas mudanças e cuidados, e um dos mais importantes é o calendário de vacinação. Durante esse período, a criança recebe uma grande quantidade de vacinas, mais do que em qualquer outra fase da vida. Essas vacinas são fundamentais para proteger a saúde do bebê contra diversas doenças graves. 

No entanto, a importância da vacinação não termina após o primeiro ano de vida. É essencial que os pais estejam atentos à continuidade do calendário vacinal ao longo dos anos seguintes.

A importância das vacinas na infância

As vacinas são ferramentas essenciais na proteção da saúde pública. Elas são responsáveis por prevenir doenças que, no passado, causaram grandes epidemias e muitas mortes. Graças aos programas de vacinação em massa, muitas dessas doenças foram controladas ou até erradicadas em várias partes do mundo. A vacinação infantil, em particular, é uma das formas mais eficazes de garantir que as crianças cresçam saudáveis e protegidas.

No entanto, para que essa proteção seja eficaz, é necessário seguir o calendário de vacinação de forma rigorosa. Isso inclui tanto as vacinas obrigatórias quanto as recomendadas, além de estar ciente das possíveis diferenças entre as vacinas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e aquelas disponíveis em clínicas particulares.

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Vacinas essenciais dos 2 aos 10 anos de idade

Após o primeiro ano de vida, o número de vacinas a serem administradas diminui, mas ainda existem doses importantes que precisam ser aplicadas durante a infância. 

Abaixo, apresento um guia completo das vacinas que as crianças devem tomar dos 2 aos 10 anos de idade, e destaco as principais diferenças entre as vacinas oferecidas pelo SUS e as disponíveis em clínicas particulares.

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1- o uso da vacina DTPa é preferível ao da DTPw, pois os eventos adversos associados com sua administração são menos frequentes e intensos. O reforço dos 4 a 5 anos pode ser feito com dTpa, DTPa ou DTPw. O reforço dos 9 a 10 anos de idade deve ser feito com a vacina tríplice acelular do tipo adulto (dTpa).
2- No SUS, a menACWY é disponibilizada apenas para crianças entre 11 e 12 anos. 
3- Meninos devem tomar a vacina contra o HPV dos 11 aos 14 anos. 

Queda na taxa de cobertura vacinal

De acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, a taxa de cobertura vacinal no Brasil, que inclui a aplicação de doses de reforço e vacinas importantes entre os 2 e 10 anos de idade, tem apresentado declínio nos últimos anos. Estudos apontam que enquanto a cobertura vacinal para a maioria das vacinas administradas no primeiro ano de vida é superior a 90%, essa porcentagem cai significativamente após o segundo ano de vida.

Por exemplo, em 2023, a cobertura para a segunda dose da tríplice viral (MMR), administrada aos 15 meses de idade, foi de cerca de 65,13%, abaixo da meta recomendada de 95%. Essa queda é preocupante, pois diminui a imunidade coletiva e aumenta o risco de surtos de doenças como sarampo, caxumba e rubéola, que são preveníveis pela vacina.

A baixa adesão às vacinas após o primeiro ano de vida pode ter consequências graves para a saúde pública. Doenças que estavam sob controle ou erradicadas podem reaparecer. Por exemplo, o Brasil enfrentou surtos de sarampo nos últimos anos, uma doença que havia sido declarada eliminada em 2016, mas que retornou em função da queda na cobertura vacinal.

Além disso, a falta de imunização adequada expõe as crianças a riscos desnecessários de contrair doenças graves, que podem causar complicações de longo prazo ou até serem fatais. A imunidade coletiva também fica comprometida, aumentando o risco para aqueles que não podem ser vacinados por razões médicas.

Planejamento e atenção aos reforços

Para garantir que todas as vacinas sejam administradas no tempo certo, é fundamental que os pais mantenham um calendário atualizado e fiquem atentos aos reforços necessários. O acompanhamento regular com o pediatra também é crucial, pois ele poderá orientar sobre a necessidade de vacinas adicionais ou a realização de exames para confirmar a imunidade da criança.

Além disso, vale ressaltar a importância de programar-se financeiramente para as vacinas oferecidas em clínicas particulares. Embora o SUS ofereça uma gama ampla de vacinas, algumas opções nas clínicas privadas podem proporcionar uma cobertura mais ampla ou reações adversas menores. Por isso, é importante estar ciente das opções e, se possível, incluir essas vacinas no planejamento financeiro da família.

A vacinação é um dos pilares fundamentais da saúde infantil, garantindo proteção contra doenças graves e potencialmente fatais. Após o primeiro ano de vida, é essencial continuar seguindo o calendário de vacinação, garantindo que seu filho esteja sempre protegido. Esteja sempre atento às recomendações do pediatra e às campanhas de vacinação promovidas pelo SUS.

Manter o calendário de vacinação atualizado não é apenas um cuidado com a saúde do seu filho, mas também um ato de responsabilidade social, ajudando a proteger toda a comunidade.

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IMPORTANTE: O conteúdo desta página não deve substituir as orientações médicas e/ou nutricionais de profissionais da saúde habilitados. 

Referências

1. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação.

2. Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Calendário de Vacinação SBIm.

3. Ministério da Saúde. Cobertura Vacinal – Residência.

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