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O que é poliomielite e qual a importância da vacina?

Entenda os riscos por trás desta temível doença 

Desde pequenos, fomos ensinados e incentivados a seguirmos o calendário de vacinação nacional, para evitar que doenças causadas por vírus e bactérias se proliferam. Quem aqui lembra das campanhas do Zé Gotinha na televisão?  A vacina do Zé Gotinha era a vacina contra a poliomielite, causadora da paralisia infantil.

Entretanto, com o passar dos anos, muita gente simplesmente começou a deixar as famosas gotinhas da infância de lado ou esqueceu de seguir o cronograma de imunização, o que tem gerado consequências para todos.

Com isso, casos de doenças que antes eram consideradas até mesmo erradicadas começaram a surgir em vários cantos do Brasil, entre elas, a temível poliomielite. Hoje, vou te explicar mais a respeito dessa condição, os riscos para a saúde dos pequenos e os motivos pelos quais devemos continuar imunizando as crianças direitinho:

O que é poliomielite?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poliomielite é uma doença altamente infecciosa que é causada por um vírus. Ele invade o sistema nervoso e, uma vez dentro, pode causar paralisia de membros ou do corpo inteiro em poucas horas.

Ela é transmitida de pessoa para pessoa por via oral ou fecal, e pode ser encontrada até mesmo em alimentos ou água que estão contaminados, atacando o infectado pelo intestino.

A doença afeta especialmente as crianças menores de cinco anos de idade, pois a microbiota intestinal delas, que é o conjunto de vírus e bactérias responsáveis por garantir um sistema imunológico seguro, ainda está em formação.

Quais são os sintomas?

poliomielite
Imagem: Canva


A principal preocupação a respeito da poliomielite é por conta da paralisação irreversível, que costuma atingir mais as pernas. Segundo a OMS, uma em cada duzentas infecções pode causar esse sintoma, e 5% a 10% dos infectados morrem por conta da imobilização de músculos respiratórios.

Mas além disso, outros sinais mais brandos podem incluir fadiga, cansaço, febre alta, dores de cabeça, enjoo, vômito, dores e rigidez nos músculos.

Grave, né? Pois é! 

Existe tratamento?

Infelizmente, não existe uma cura para a poliomielite. Porém, a boa notícia é que ela pode ser prevenida, e é aí que entra a questão da vacinação. Uma vez que os pais levam o pequeno para se vacinar contra a pólio, ele ficará protegido pelo resto da vida.

Atualmente, existem duas vacinas disponíveis: a versão oral, que são as gotinhas, e também a vacina inativada. Ambas são eficazes e seguras, por isso, não é preciso se preocupar com algum tipo de efeito colateral ou risco à saúde do bebê. 

Eu já expliquei em um post aqui todo o processo de pesquisas que acontece antes de uma vacina ser disponibilizada para o público e porque podemos considerá-las seguras. 

Vale ressaltar que apenas crianças que previamente apresentarem reações alérgicas aos componentes de outras vacinas podem precisar de cuidados, mas ainda assim, são casos extremamente raros e que devem ser conversados com o pediatra.

Por que a vacina é importante?

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Imagem: Canva


Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) mostraram que desde a virada do século XXI até meados de 2015, a cobertura de vacina da poliomielite era presença obrigatória nas cadernetas de vacinação infantil em todo o país, chegando em torno de 100%.

Mas, a partir de 2016, a cobertura da vacina começou a cair, e ficou em volta de 70% em 2019, por exemplo, ainda antes da pandemia de Covid-19. E o número ficou ainda menor em 2022: até o mês de setembro, apenas 32,5% das crianças foram vacinadas, o que representa cerca de apenas um terço da população!

Apesar de ainda não existir um caso confirmado desde 1989 da doença no Brasil, alguns casos de suspeita foram levantados em estados da região Norte, o que acendeu um alerta para os médicos e especialistas de saúde.

Por isso, é nosso dever como pais seguir direitinho o calendário de vacinação dos nossos filhos. Afinal, ninguém quer que uma doença tão perigosa volte a circular entre as crianças.

O que fazer para ajudar?

O primeiro passo, sem dúvidas, é ver se o seu calendário de vacinação está em dia. Leve seu filho para o posto de saúde ou clínica de vacinação mais próxima, confira os dados com os profissionais do local e atualize as vacinas quando necessário.

Se a caderneta da sua família está em dia, não deixe de recomendar o mesmo para outras famílias. O amiguinho do seu filho na escola, o vizinho que brinca com ele, o priminho que mora em outra cidade ou qualquer outra criança tem esse direito.

Espalhe também pelas redes sociais, pois é uma forma de combater as fake news relacionadas à vacinação e à saúde dos bebês. 

Para saber mais informações a respeito da poliomielite e da cobertura de vacinação, acesse o site: https://paralisiainfantil.com.br/ . Nele, você ainda encontra o posto de saúde mais perto da sua casa e tira outras dúvidas sobre a doença. 

Quer saber mais sobre saúde dos bebês? Basta me seguir lá no Instagram @gibelarmino_  para conferir mais dicas.

De mãe em mãe, construiremos um novo maternar!

Referências bibliográficas:

Paralisia Infantil. SBIM, acesso em novembro de 2022.

SBP apoia campanha de vacinação contra a poliomielite. SBP, 2022.

Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação é prorrogada até 30/9/2022. Ministério da Saúde, 2022.

Poliomyelitis. WHO, 2022.

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