Você já ouviu falar em crosta láctea? Caso não reconheça pelo nome, talvez conheça pelas características: são aquela espécie de caspa que aparece no couro cabeludo e até mesmo nas sobrancelhas, cílios e ao redor do nariz dos bebês. Lembrou? Pois é, a crosta láctea é uma condição bastante comum que pode aparecer já nas primeiras semanas após o nascimento do bebê. Também conhecida como dermatite seborreica, esta condição não é grave, mas ainda traz muitas dúvidas aos pais sobre o que fazer quando o couro cabeludo do pequeno começa a descamar.
Como identificar a crosta láctea?

A crosta láctea tem justamente essas características: aparecem cascas grossas amareladas ou marrons sobre o couro cabeludo da criança.
Normalmente, se forma onde a pele é oleosa ou gordurosa, como couro cabeludo e também pode aparecer em outros lugares do corpo como sobrancelhas, pálpebras, vincos do nariz, lábios, atrás das orelhas e tórax.
O que causa a crosta láctea?
A causa é desconhecida, mas, uma das hipóteses consideradas por especialistas é a de que os hormônios maternos transmitidos ao bebê durante a gestação podem estimular as glândulas sebáceas. Então, o óleo que foi produzido pela pele seca e se transforma em uma película gordurosa. Além disso, esse excesso de sebo favorece o desenvolvimento de células novas, assim como une as células mortas, formando escamas e crostas.
Embora a aparência possa assustar os pais, a crosta láctea é inofensiva. Não coça e dificilmente incomoda o bebê. No entanto, é preciso tratá-la para evitar machucados e potenciais infecções no couro cabeludo.
O problema tende a surgir nas primeiras semanas de vida e a desaparecer até os 12 meses.
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Como tratar?

O tratamento da crosta láctea costuma ser simples. A crosta láctea pode se agravar com a transpiração e o calor. Por essa razão, evite cobrir a cabeça da criança, assim como vesti-la com muitas camadas de roupas. Melhor escolher peças feitas com tecidos que deixem a pele “respirar”, como algodão e malha.
Outra medida consiste em, uma hora antes do banho, passar no couro cabeludo um óleo infantil ou óleo de amêndoas. No banho faça a remoção das casquinhas delicadamente, com o auxílio de um pente (nunca com a unha) de cerdas arredondadas. Caso haja resistência para retirada das crostas não insista. Não force a remoção.
Quando devo me preocupar?
Existem motivos de alerta. Se a crosta for muito grande ou se se tornar amarela com bordas avermelhadas, é preciso consultar um pediatra, pois este é um sinal de infecção. Então o médico poderá indicar loções com hidrocortisona, xampus específicos ou mesmo cremes antifúngicos.
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Referências
Secretaria de Estado da Saúde. Caderno de atenção à saúde da criança no primeiro ano de vida. 2020. Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-07/pdf4.pdf. Acesso em: Abril/2022.
Sociedade Brasileira de Dermatologia. Dermatite Seborreica. Disponível em: https://www.sbd.org.br/doencas/dermatite-seborreica-2/. Acesso em: Abril/2022.
Poindexter GB, Burkhart CN, Morrell DS. Therapies for pediatric seborrheic dermatitis. Pediatr Ann. 2009;38(6):333-338. doi:10.3928/00904481-20090521-01