Oi flor do dia, tudo bem com você?
Hoje falarei de alojamento conjunto que é o termo utilizado quando a mãe e o recém-nascido dividem o mesmo quarto na maternidade, um ao lado do outro, por tempo integral. Ou seja, o bebê não fica no berçário, como é costume em muitas maternidades, mas junto com a mãe no quarto.
O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam que, em condições ideais, o sistema deve ser adotado em hospitais particulares e públicos.
Mas afinal, por que essa prática, que antes não era tão comum assim (os bebês ficavam no berçário e iam para o quarto por períodos determinados) passou a ser tão indicada?
Alojamento conjunto
A verdade é que essa prática tem vários benefícios, tanto para o bebê quanto para a mãe:
- Favorece o relacionamento e o fortalecimento do vínculo entre mãe e bebê, o que proporciona satisfação, tranquilidade e confiança a ambos. Isso também ajuda a mãe a exercer sua função com mais segurança.
- Permite que os pais observem constantemente o comportamento do seu bebê, o que contribui para que o conheçam melhor e possibilita que informem qualquer anormalidade à equipe de saúde.
- Oferece condições à equipe de enfermagem para orientar melhor os pais e dar demonstrações práticas dos cuidados indispensáveis ao recém-nascido.
- Possibilita que os pais saiam da maternidade conhecendo as principais necessidades do seu bebê. Eles também aprendem a realizar os cuidados básicos, como dar banho, fazer a higiene e assim por diante.
- Facilita o contato e esclarecimento de dúvidas com o pediatra que faz as visitas médicas e os exames no recém-nascido no quarto, na presença dos pais.
- Favorece a amamentação, pois o recém-nascido tem sua mãe ao lado o tempo todo e pode mamar sempre que quiser, sem horários fixos ou período determinado.
- Diminui o risco de infecção hospitalar, pois a pessoa que tem contato mais íntimo com o bebê é a própria mãe.
Segundo uma portaria do Ministério da Saúde o alojamento conjunto deve ter áreas de enfermagem, pediatria e obstetrícia. As mamães e os recém-nascidos devem ser avaliados diariamente, e a mulher tem direito a um acompanhante e pode receber visitar todos os dias que permanecer no hospital (inclusive do irmão do bebê, caso você tenha outro filho).
A última recomendação é que a família receba alta depois de 24 horas do parto, caso esteja tudo em dia com a saúde dos dois.
EXPERIÊNCIA DE MÃE
Na prática, como mãe de dois, que teve experiência com alojamento conjunto e com o bebê no berçário durante a madrugada, confesso que a transformação no pós-parto é tão brusca, rápida e intensa que se eu tivesse a opção de deixar o bebê de 2 a 3 horas na madrugada, essa seria minha escolha.
Eu acredito na importância do alojamento conjunto, mas acho que essa prática de uma equipe humanizada que te dá suporte no nível que você precisa ainda está bem longe da realidade da maioria. Além disso, essa mãe precisa de tanto cuidado nesse pós-parto e ainda é tão esquecida.
Então vai uma dica, já alinha expectativa que esse bebê ficará com você desde o nascimento e que precisa de acompanhante que entenda isso e esteja disposto a assumir o bebê para que você descanse, ele também estará exausto e essa parceria desde o início será primordial para que você recupere energia, porque a jornada pela frente é linda, mas bem exaustiva.
Uma boa hora pra você!
Até jajá
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 2.068, DE 21 DE OUTUBRO DE 2016. Institui diretrizes para a organização da atenção integral e humanizada à mulher e ao recém-nascido no Alojamento Conjunto. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt2068_21_10_2016.html. Acesso em: 26 de janeiro de 2021.
Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Neonatologia. Nascimento Seguro. Documento Científico Nº 3, Abril de 2018. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2018/05/Neonatologia_-_20880b-DC_-_Nascimento_seguro__003_.pdf. Acesso em: 26 de janeiro de 2021.