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O que não dar para o bebê: 10 alimentos proibidos

Alguns alimentos também devem ser evitados caso seu bebê esteja com cólicas

Conforme os meses passam, o recém-nascido vai mudando, aos poucos, seus hábitos alimentares. Até os seis meses de vida, apenas o aleitamento materno deve ser mantido para nutrir o pequeno, mas após essa idade, ele pode ser acompanhado pela introdução alimentar.

Mas você sabia que nem todo alimento pode ser dado para as crianças? Alguns devem ser evitados e outros até mesmo proibidos até 1 ano. Os motivos são variados, e por isso, eu separei uma lista de 10 alimentos para você não dar para o bebê:

O que não dar para o bebê?

De industrializados a fermentados, existem ingredientes que é melhor a criança só experimentar depois de certa idade. Confira a seguir:

1- Açúcar refinado

Algumas das principais diretrizes de saúde do mundo aconselham que os pais evitem dar fontes de açúcar refinado aos filhos até que, pelo menos, eles completem dois anos, ou o equivalente a 24 meses.

O principal motivo é que o açúcar adiciona calorias desnecessárias à alimentação, e compromete o desenvolvimento infantil. Além disso, ela proporciona um maior risco de cáries, uma vez que o bebê está começando a treinar sua dentição nos primeiros anos de vida.

Por fim, comer doces desde essa idade, segundo a ciência, faz com que a criança desenvolva uma predileção por alimentos mais adocicados, e com o passar dos anos, o risco de condições como o diabetes mellitus se torna maior.

Para saber como introduzir o açúcar posteriormente na alimentação e como evitar que seja uma quantidade excessiva, eu deixo como recomendação outro post em que falo mais especificamente só sobre o ingrediente. Acesse aqui.

2- Mel

Já que o açúcar está proibido, muitos pais perguntam: posso dar mel no lugar? E a resposta é: também não. O principal problema desse derivado das abelhas está numa bactéria chamada Clostridium botulinum, responsável por causar botulismo infantil em bebês com menos de um ano.

Essa doença grave pode causar constipação, falta de apetite, letargia e até pneumonia, colocando a segurança dos pequenos em risco. Por isso, espere mais alguns meses para que eles experimentem esse alimento sem que gere algum problema.

Para saber mais motivos, confira aqui: por que o bebê não pode comer mel?

3- Pipoca

Uma das melhores companhias para a hora de assistir a um filme pode não ser a mais indicada para o seu bebê. O motivo principal é que o petisco à base de milho é propício para que as crianças se engasguem, e essa é uma das principais causas de morte infantil.

Além da casca do milho ou do caroço poderem entalar na garganta, o bebê tende a sentir que esse alimento é mais seco, e com isso, pode colocar os dedos ou a mão inteira na boca, o que complica ainda mais o salvamento em caso de engasgo. Prefira opções mais molhadinhas, como legumes picados ou uma fruta, até que ele esteja um pouco maior.

Caso você tenha muita vontade de oferecer pipoca, pode optar pela pipoca de sagu, que é mais macia e não oferece risco de engasgo para os bebês.

4- Leite de vaca e derivados

Antes de oferecer um copo de leite gelado ou uma fatia de queijo para o seu bebê, é melhor repensar na atitude. O leite de vaca possui proteínas capazes de irritar o revestimento do sistema digestivo e os rins da criança, o que pode ocasionar sangramentos ocultos e aumenta o risco de anemia por conta da deficiência de ferro.

Outro ponto é que, diferente do leite materno, a versão bovina não possui alguns nutrientes essenciais para o crescimento infantil, tais como a vitamina E, o zinco e o próprio ferro. Por fim, há um risco de a criança ter reações alérgicas.

5- Bebidas vegetais

O mesmo vale para leites à base de outros alimentos, como arroz, castanhas e oleaginosas. Além de não substituírem o leite materno em questão de nutrientes, algumas versões podem conter substâncias nocivas aos bebês.

6- Sal

Usado como tempero trivial para muitas famílias, o sal também não é indicado para a comida do bebê. O motivo? Crianças entre 7 e 12 meses precisam de somente 0,37 gramas de sódio por dia. E essa quantidade já está presente no leite materno, ou seja, não é necessária para o organismo infantil.

O excesso de sódio nas crianças pode levar ao desenvolvimento imaturo dos rins, o que dificulta a absorção de outros nutrientes na alimentação.

Além disso, na fase de introdução alimentar, os bebês estão conhecendo os alimentos, e é importante que eles sintam o sabor de cada alimento que está comendo, o que pode ficar mascarado a depender da quantidade de sal utilizada no tempero.

7- Frios e embutidos

Linguiças, bacon, salsicha, mortadela, peito de peru, presunto, salame e muitos outros itens de charcutaria são uma perdição para os adultos, mas devem passar longe da rotina alimentar das crianças.

Dependendo da confecção e cozimento da carne utilizada, podem existir bactérias nocivas ao organismo infantil. Como se não fosse o suficiente, também possuem alto teor de sódio, que pode comprometer os rins.

8- Peixe cru

O peixe cozido sem espinhas é uma opção que o bebê pode começar a se interessar na introdução alimentar. Porém, quando se fala em versões cruas, como as usadas em pratos da culinária japonesa, a sugestão é esperar um pouco mais antes de oferecer.

O mau armazenamento de peixes que serão consumidos crus pode desencadear processos alérgicos, problemas gastrointestinais, entre outros problemas de saúde. Para saber mais sobre comida japonesa para os pequenos, vale a pena dar uma olhada nesse post.

9- Ovo cru

Você deve estar pensando: “mas quem que come ovo cru?”, mas nesse caso, são preparações e receitas que levam esse ingrediente. Mousses, merengues, maioneses caseiras, gemadas e outras preparações usam ovos ou parte deles totalmente crus, o que pode ser um risco à saúde dos bebês devido à salmonela. Mesmo ovos parcialmente frios ou cozidos, que são os de gema mole, devem ser evitados nessa idade.

10- Café

Por fim, a bebida preferida dos adultos na hora de acordar ainda não deve ser ofertada para os pequenos. A cafeína é uma substância que pode interromper o sono dos bebês, além de ser viciante e estimulante para o corpo deles aguentarem a dose. Você pode conferir mais detalhes e saber com qual idade começar a dar café pros pequenos nesse texto.

Que alimentos evitar para não dar cólicas no bebê?

Outra dúvida muito pertinente é se existem alimentos que podem causar cólicas nos bebês. Esse é um assunto que gera divisões no lado científico, alguns estudiosos dizem não haver relação entre a alimentação e o desconforto. Já outros sugerem que determinados alimentos podem contribuir com as cólicas.

É o caso das leguminosas. Alimentos como feijão, ervilha, grão-de-bico e lentilha fazem parte da lista para evitar caso seu bebê esteja sentindo cólicas. Esses grãos podem conter substâncias que aumentam a flatulência e, consequentemente, podem causar desconfortos intestinais nos pequenos.

Além delas, vegetais crucíferos como couve-flor, brócolis, nabo, entre outros, também possuem um motivo similar ao das leguminosas, contribuindo com o aumento de flatulência no sistema digestivo. E os já citados café e leite completam a lista, devido à presença de cafeína e de proteínas que interferem na saúde infantil.

Ficou com mais alguma dúvida sobre o que não dar para os bebês comerem? No meu Instagram @gibelarmino_ você confere mais dicas!

De mãe em mãe, construiremos um novo maternar!

Referências bibliográficas:

Foods to avoid giving babies and young children. NHS, 2022.

Foods and Drinks to Avoid or Limit. CDC, 2022.

Food safety information for children ages 5 and under. Government of Canada, 2021.

15 Foods You Should Avoid For Babies Younger Than A Year. Mom Junction, 2023.

Foods to avoid if your baby has colic or wind. The Breastfeeding Tea Co., 2021.

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