O que você acha da mulher-maravilha?
A intenção do texto era falar que é possível ser multitarefas, que carreira e maternidade andam juntas sim, começar escrevendo que somos phodas, e até somos mesmo, mas talvez é nesse conceito que se encontra “nosso problema” e por isso, mudei todo o script do texto e te convido a ler comigo.
O conceito de achar que somos mulher-maravilha faz com que queiramos abraçar o mundo, nos desdobrar para desempenhar todos os nossos papéis, e nesse processo estamos constantemente exaustas. Por mais que façamos, tem sempre alguém para comparar e concluir que estamos abaixo. A culpa, a cobrança e falta de gentileza toma conta de nós o tempo todo.
Venho dizer que sim, conseguimos desempenhar nossos papéis, mas com uma condição: que toda essa gentileza e dedicação que emprestamos para todos a nossa volta, seja entregue a nós primeiro.
Precisamos nos despir dessa fantasia de mulher-maravilha
Precisamos nos despir dessa fantasia de mulher-maravilha. Seremos mãe, profissional, esposa, amiga e com muito amor próprio se entendermos que o pai tem 50% de responsabilidade na criação, que o jeito que ele troca a criança também está correto, ,ele também pode agendar médico e ir na reunião da escola.
Precisamos desapegar. Entender que, muitas vezes, qualidade de tempo é melhor que quantidade de tempo com as crianças, que não precisamos da medalha de melhor mãe-esposa-profissional, que o que você doa do seu melhor já é suficiente, que somos esposa e não mãe do marido, que comparação é ladrão da felicidade, que pedir ajuda é necessário, que não existe ninguém que dê conta de tudo!
Precisamos abraçar nossas escolhas e ficar bem quando vermos alguém fazendo diferente ou nos criticando, só nós sabemos o porque fazemos o que fazemos. Então siga em frente, nessa agenda atribulada você escolhe você! Reserve um tempo seu, lembre-se que não existe falta de tempo e sim de prioridade, então que você seja sua prioridade na sua imensa lista.
E para quem chegou até aqui e falar que o pai não ajuda, que se você não fizer não sai. Será? Vivemos em uma sociedade que, desde cedo, ensina que o cuidado é natural da mulher, e que é função dela. E aí, naturalmente, tomamos como nossa essa obrigação e, muitas vezes, temos dificuldade em deixar o outro fazer.
Mas é preciso abrir mão desse controle, e, mais importante, nos libertar desse estigma de que é nossa natureza, nossa obrigação ser mulher-maravilha. Não é e não precisa ser, mas para isso precisamos deixar o outro fazer e aceitar a diferença. Aceitar que nem sempre vai sair do seu jeito e tá tudo bem! O outro jeito não é necessariamente errado.
Vou compartilhar com vocês os três mantras que me ajudam a ser mais leve:
1) Todo excesso esconde uma falta. O que está demais e o que está faltando na sua vida? Reflita!
2) Perfeccionismo é sinal de insegurança. Toda vez que for falar que você é perfeccionista troque por insegura e verá que aos poucos irá se despir dessa “qualidade”.
3) Mãe feliz e bem cuidada, cuida melhor do outro. Só podemos dar aquilo que temos.
Nesse dia internacional da mulher proponho a você se reencontrar, a tomar controle da sua vida, sem pressa, sendo gentil com você, mas todo dia, aos poucos, sair do automático e virar esse jogo!
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Feliz dia das mulheres!
De mãe em mãe construiremos um novo maternar!
Até jajá
Gi