Pais e Mães pensam de maneiras distintas sobre o puerpério: enquanto os pais relataram, principalmente, os sentimentos de alegria, amor e felicidade, as mães afirmam que, além do amor, também sentiam medo e cansaço.
Por isso, o primeiro vídeo da [WEBSERIE] Nasce um pai: aprendendo a ser apoio, especial de dia dos pais é explicando o que é o puerpério, quais são as principais queixas das mães nesse período e o que os pais podem fazer!
Assista:
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E Quais são as principais queixas das mulheres no puerpério?
Fisicamente, é preciso entender que, durante essa fase, está ocorrendo o processo de involução uterina para que o útero volte ao tamanho normal. Durante a gestação, ele chega a 32 centímetros e pode pesar até 1,5kg. Durante o puerpério, estima-se que o útero contraia progressivamente até que atinja 7 centímetros e 60 gramas.
Esse processo pode vir acompanhado de alguns desconfortos físicos que incluem:
- Desconforto nas mamas, que ficam mais enrijecidas devido à concentração de leite e podem ficar doloridas e até mesmo com machucados nas aréolas devido ao movimento de sucção do bebê;
- Inchaço abdominal, tanto em decorrência ao tamanho uterino que ainda não voltou ao normal, quanto por ocorrências como a flacidez e diástase, que consiste no afastamento dos músculos da parede abdominal;
- Cólicas, especialmente nos primeiros 20 a 30 dias do puerpério devido ao processo de involução do útero que causa contrações;
- Desconforto na região íntima, o que é mais comum em mulheres que tiveram parto normal, especialmente se com episiotomia.
Ainda que a mulher comece a perder peso logo após o nascimento do bebê, algumas pacientes também ficam incomodadas com a nova constituição física.
Outra queixa muito comum das mulheres no puerpério é a falta de cooperação
E por mais que muitos maridos saibam que a mulher está em uma situação delicada e de recuperação, acabam errando ao não colaborarem com outras tarefas. Além dos cuidados básicos com o bebê, como troca de fraldas e banho, há as tarefas domésticas, como limpar a casa, cozinhar, cuidar do pet, etc.
Não espere que a esposa peça para que você faça isso, pois acaba gerando a chamada carga mental, que também gera desgastes.
Saúde mental
Muitas mulheres que deram à luz recentemente também podem sofrer sintomas da chamada depressão pós-parto, ou baby blues. E seja por falta de diálogo entre o casal ou por qualquer outro motivo, os parceiros não conseguem notar que a esposa está passando por isso. Caso perceba que sua companheira de vida está fragilizada mentalmente, busque ajuda psicológica e esteja aberto a diálogos com escuta ativa.
E como os pais podem ajudar?
Não existe uma fórmula mágica ou receita que irá servir para todos os casais no período do puerpério. Mas algumas atitudes podem ajudar:
Diálogo é essencial
Saiba conversar com sua mulher para entender o que está a afligindo e causando cansaço, medo e insegurança nesse período. Procure por soluções que estejam a seu alcance, e que não sobrecarreguem a sua esposa. E você não precisa necessariamente ser o agente ativo que irá ficar ao lado da sua companheira para realizar todas as tarefas, afinal, sabemos que a licença paternidade no Brasil é curta.
Mas por isso, você pode criar uma rede de apoio com parentes, amigos e outros serviços que podem auxiliar durante todo o puerpério. Faça com que esse suporte esteja presente na rotina de vocês, não tenha medo de pedir ajuda quando precisar.
Cuidados físicos
Algumas mulheres podem se queixar de dores e cólicas no pós-parto. Por isso, você pode oferecer ajuda com a troca de curativos cirúrgicos ou com massagens para aliviar desconfortos. E, claro, os cuidados com o bebê também contam.
Não fique com o estigma de que você não sabe fazer, afinal, ser pai de primeira viagem não exige que você saiba cuidar de tudo e todos. Mas mesmo assim, não deixe de tentar, uma hora você vai aprender e ficar craque na troca de fraldas ou de curativos.
Exponha o seu lado
Por fim, para alguns pais também não é nada fácil o período do puerpério no que diz respeito à saúde mental. E aqui cabe a mesma dica das esposas: não tenha medo de dialogar e de procurar por auxílio psicológico quando necessário.
Os próximos episódios dessa websérie sairão primeiro no Instagram @gibelarmino_. Não perca!
De Mãe em Mãe, construiremos um novo maternar