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Alimentação do bebê depois de 1 ano: o que muda?

Pequenas mudanças deixam a rotina dos bebês mais independente com a alimentação

Você sabe como deve ser a alimentação do bebê depois de 1 ano? Após 12 meses intensos de descobertas, criando hábitos rotineiros com o bebê, os pais irão precisar mudar novamente um pouco da alimentação de seus filhos.

Afinal, com um ano, a criança poderá consumir novos ingredientes no dia a dia e não precisará de outros cuidados que antes eram essenciais. Mas o que deve passar a fazer parte do cardápio? E como incluir sem que o pequeno estranhe? Hoje, vou te explicar mais a respeito dessas mudanças:

O que muda na alimentação do bebê depois de 1 ano?

A partir de 1 ano, as crianças passam a adotar cada vez mais os hábitos alimentares que os adultos seguem, embora ainda existam restrições. O paladar deles estará mais adaptado para definir texturas e gostos do que nos meses anteriores.

Apesar de a barriga e o estômago ainda serem menores, eles passam a fazer mais refeições ao longo do dia, embora a quantidade seja mais limitada do que em comparação aos mais velhos.

A exploração com os dedos chega ao ápice, especialmente nos seis primeiros meses dessa nova fase. A partir do décimo quinto mês, ele estará mais familiarizado a tentar usar utensílios para pegar a comida no prato. É o começo da autonomia dos filhos.

Eles também se mostrarão mais seletivos quanto ao que querem comer, tanto na escolha de alimentos quanto da forma em que ele é servido.

Como deve ser a amamentação nesse período?

Uma dúvida que fica na cabeça das mães quando o bebê completa 1 ano de vida é em relação à amamentação: afinal, como será neste ano que está para vir? Segundo as recomendações da UNICEF, o aleitamento materno deve continuar sendo mantido por, pelo menos, mais um ano.

Mas para isso, é importante revezá-lo com as refeições sólidas, ou lanchinhos que induzam ao desmame natural da criança. O que antes era um dia repleto de pausas para a amamentação, passa a virar uma rotina mais centrada e com apenas metade das refeições sendo o leite materno.

De duas a três vezes por dia é o suficiente. Quanto ao uso da fórmula infantil, sua continuidade não é mais necessária, e deve ser avaliada individualmente conforme o contexto de vida de cada criança.

Como introduzir os novos grupos de alimentos?

O cardápio de opções dos bebês fica mais incrementado, e ele passará a escolher com mais frequência o que vai querer comer. Veja o que muda em relação ao ano anterior:

Frutas e legumes

Desde a introdução alimentar aos seis meses, o bebê já passa a consumir as mais variadas frutas e os mais nutritivos legumes nas refeições. O que muda, porém, é a textura. Se antes era necessário deixar tudo em forma de papinha para facilitar a deglutição do pequeno, agora é importante mesclar, aos poucos, texturas mais sólidas que induzam a criança a mastigar.

Por exemplo, ao invés de só oferecer um purê de abóbora ou de cenoura, ou então uma papinha de banana e maçã, coloque pequenos pedaços mais durinhos dos legumes e frutas na mistura. Com o passar do tempo, será possível oferecer snacks como palitinhos crus de vegetais ou pedaços de frutas in natura ao longo do ano.

A novidade aqui também é que, a partir do primerio ano, é introduzida a verdura crua na alimentação do bebê. Até então, folhosos como espinafre, acelga e couve estavam presentes refogados no prato. A partir dos 12 meses, a salada crua deve ser inserida. 

Leite de vaca e derivados

Por mais que o leite materno ainda seja a melhor opção para nutrir o bebê nessa fase da vida, é possível acrescentar ingredientes à base de laticínios nas refeições. Ou seja, queijos leves como cottage e ricota, requeijão, iogurtes, entre outros itens podem ser adicionados, ainda que em quantidades pequenas, no cardápio.

O próprio leite de vaca como bebida nas refeições é válido, especialmente por ser fonte de cálcio e vitamina D, necessários para o fortalecimento dos ossos e da imunidade na infância.

Tome cuidado apenas com laticínios que recebem açúcar adicionado à mistura, como é o caso de alguns queijos, leites fermentados e o petit suisse. Priorize opções sem açúcar nessa fase.

Sal

O sódio e o iodo presentes no sal de cozinha podem ser importantes para os bebês, ainda que em pequenas quantidades. Por isso, você pode começar a usar um pouquinho do tempero no preparo das refeições, mas priorize sempre o uso de forma maneirada.

Sucos e água

Além do leite, outras bebidas podem ser incluídas na alimentação do bebê depois de 1 ano. Água mineral e sucos naturais, sem coar e sem adicionar açúcar, são exemplos. Mas vale lembrar que o suco não deve substituir a fruta in natura, e sim, ser um complemento às refeições.

Quais alimentos não devem ser oferecidos?

alimentação do bebê depois de 1 ano
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Do outro lado da balança, existem alimentos que ainda devem ser evitados no cardápio dos bebês:

Alimentos ultraprocessados e gordurosos

Salgadinhos, biscoitos recheados, bolos prontos, embutidos, frituras e outros alimentos que passam por diversos processos devem ser evitados na dieta dos pequenos, pois podem trazer mais malefícios à saúde do que benefícios e nutrientes.

Açúcar

Independentemente de ser a versão refinada ou as mais saudáveis, como demerara, melaço ou mascavo, o açúcar para crianças menores de dois anos pode levar a problemas de saúde, e deve ser evitado.

Leia também: por que não oferecer açúcar antes dos 2 anos.

Mel e enlatados

Alimentos enlatados como conservas e geleias, além do mel, também não devem ser oferecidos, pois existe o risco de a criança acabar tendo um caso de botulismo infantil.

Entenda por que clicando aqui.

Alimentos que podem asfixiar

Nozes, castanhas, oleaginosas, amendoim, além de pipoca devem ser evitados até os dois anos, pois apresentam risco de engasgos.

Quais dicas podem ajudar na alimentação do bebê depois de 1 ano?

Aqui vão algumas dicas para ajuda no próximo ano alimentar do bebê:

Defina horários para as refeições

Ter em mente sempre um horário definido para refeições e lanches pode valer a pena, pois seu filho terá mais fome e, com isso, estará disposto a provar coisas novas nessa idade. Sempre consulte o pediatra ou nutricionista se não tiver certeza sobre as orientações de alimentação do bebê.

Incentive que ele descubra os alimentos

Não deixe tudo fácil para que ele coma os alimentos de cada refeição. Permita que seu filho pegue na comida, sinta a textura com as mãos e prove quanto tiver vontade. Isso faz parte do desenvolvimento da autonomia e independência infantil.

Cuidado com as quantidades

Leve sempre em conta que o bebê irá se encher mais rápido dos alimentos do que um adulto. Por isso, não exagere na quantidade, e se ele tiver comido um pouco e não quiser mais, não fique forçando para que ele coma tudo que está no prato.

Companhia é sempre bem-vinda

Por fim, não precisa deixar o bebê comendo sozinho enquanto realiza outras atividades. Tente fazer com que as refeições sejam em família, troque sorrisos e olhares com a criança e elogie-o sempre que ele provar algum alimento novo.

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De mãe em mãe, construiremos um novo maternar!

IMPORTANTE: O conteúdo desta página não deve substituir as orientações médicas e/ou nutricionais de profissionais da saúde habilitados. 

Referências bibliográficas:

Feeding your baby: 1–2 years. Unicef, acesso em Janeiro de 2024.

Feeding Your 1- to 2-Year-Old. Nemours Kids Health, 2021.

An Age-by-Age Feeding Chart for Newborns and Babies. Parents, 2022.

Over 12 months. NHS, acesso em Janeiro de 2024.

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