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Introdução alimentar dos 6 aos 12 meses: passo a passo

Introdução alimentar dos 6 aos 12 meses: passo a passo

Oi flor do dia, tudo bem com você? 

Chegou a tão esperada hora de ver o bebê ter suas primeiras experiências com os alimentos. A alimentação nesse momento é complementar ao leite materno, até que o bebê aprenda a comer para então, um dia, a alimentação ser a base e, o leite, o complemento. Portanto, é preciso tempo e paciência para a introdução alimentar.

Apesar de a literatura indicar introdução de todos os alimentos desde os 6 meses, na prática, como todo aprendizado, acredito que assimilação dessa novidade para o bebê, como para família, faz mais sentido quando feitos em etapas.

Introdução alimentar

Quando desenvolvi o método Gi Belarmino de Introdução Alimentar na Prática, eu dividi a introdução alimentar em steps, considerando diversos aspectos do desenvolvimento do bebê e da aceitação dos alimentos. Uma informação importante é sempre mesclar o alimento amassado, picado a partir dos 9 meses e no corte blw. 

O Step 1 é o início dessa aventura que carrega muita insegurança e ansiedade. Ele deve ser iniciado quando o bebê tiver 6 meses completos e apresentar todos os sinais de prontidão. Eu expliquei melhor sobre os sinais de prontidão no post “Quando iniciar a introdução alimentar?”.

Costumo chamar esse step de fase de adaptação e teste de tolerância. O foco aqui é apresentar os alimentos, mas não há uma regra de como comer e, principalmente, quanto comer. É preciso entender que até ontem esse bebê só tomava leite, é natural que ele estranhe texturas e sabores diferentes na boca. Relaxe e confie no seu bebê. 

Como conduzir:

Importante aqui nessa fase é avaliar se tem intolerância por algum alimento. Por isso, reveze as novidades com alimentos já experimentados para, caso ocorra gases, vermelhidão pelo corpo, cólica, diarreia, conseguir identificar qual alimento causou a reação.

Step 2 – No segundo step da introdução alimentar, o bebê já está aprendendo a experimentar novos sabores e texturas e já se acostumou com o gosto salgado. Nesse momento, você pode introduzir também o jantar e seguir o mesmo esquema de apresentação de alimentos do primeiro step (revezar novidades com alimentos já experimentados). Aqui já pode dar a leguminosa com o grão.

Step 3 – Nesse step você já pode começar a evoluir a textura, amassando um pouco menos os alimentos para que o bebê treine a mastigação e a musculatura orofacial. Nessa fase geralmente os bebês estão com 8 meses e, com essa idade, podemos introduzir os ovos (algumas vacinas que o bebê precisa tomar a partir dessa idade tem clara de ovo como base, então é importante o teste para avaliar se há alergia) para aproveitar a janela imunológica que acontece de 6 a 9 meses.

 A Step 4 – Nessa fase o bebê está iniciando o desenvolvimento do movimento de pinça. Então já é hora de oferecer alguns alimentos picadinhos para que o bebê treine. Cozinhe todos para ficarem moles, amasse uma parte e deixe outra em unidades bem pequenas. 

Step 5 e 6 – Aumento gradativo de textura. Nessa fase você já pode começar a introduzir os talheres para o bebê e incentivá-lo a comer sozinho. Eu costumo deixar um pouco de comida no pratinho dele, para ele conhecer e comer sozinho, enquanto vou oferecendo também com a colher. 

Step 7 – Esse é o último step da introdução alimentar. Os bebês já estão aptos a comer a comida da família, que deve continuar seguindo a mesma qualidade. É nessa fase também que o bebê pode comer salada com verduras cruas e acontece a introdução do café da manhã.

Esse método prioriza respeito pelo tempo do bebê e família, desenvolvimento de autonomia, ótima relação com a comida, como também atende as mães que precisam deixar os bebês em escolinhas, berçários, com babás e se sentem inseguras a métodos estritamente com alimentos inteiros.

Espero que tenha gostado, mais dicas sobre introdução alimentar vocês encontrar no Instagram @gibelarmino_

Até jajá! 

REFERÊNCIA 

Sociedade Brasileira de Pediatria. Manual de Alimentação: orientações para alimentação do lactente ao adolescente, na escola, na gestante, na prevenção de doenças e segurança alimentar, 2018.

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