Saiba mais sobre os tipos de dores de cabeça e como tratar
Dor de cabeça na infância é comum? Especialmente para os pais de primeira viagem, quando o filho reclama que a cabeça está doendo, pode parecer um problema muito grave. Mas acredite, esse tipo de dor é mais comum do que você imagina, e é apenas um indicativo que o corpo dá quando algo não está legal.
Ao invés de entrar em pânico, é importante se atentar a esses sinais, descobrir o que está causando a dor e consultar um pediatra para o tratamento mais indicado em cada caso. Confira a seguir essas e outras curiosidades que separei sobre a dor de cabeça na infância:
É comum ter dor de cabeça na infância?
Segundo estudos científicos, as dores de cabeça na infância costumam ocorrer ao menos uma vez por mês em, pelo menos, metade das crianças ao redor do planeta. Por isso, não há motivo para preocupação quando seu filho se queixa que está com uma dor pontual.
Os motivos variam, desde leves pancadas na cabeça, falta de sono, fome, sede, estresse, entre outros. Porém, quando a frequência dessas dores é constante, daí, sim, pode ser um motivo de preocupação por parte dos pais.
Algumas crianças podem ter crises de enxaqueca desde cedo. Já outras, podem vir acompanhadas de febre, torcicolo e outros sintomas físicos e mentais. Nessas situações, é necessário consultar a origem juntamente a um pediatra, pois há risco de doenças mais sérias relacionadas às dores como, por exemplo, a meningite.
Quais são os tipos de dor de cabeça na infância?
Similares às dores de cabeça na vida adulta, essas são as principais queixas feitas pelas crianças:
Enxaqueca
Costuma ser caracterizada como uma dor pulsante ou latejante, que piora ao fazer atividades e pode causar náusea, vômito, dores abdominais e sensibilidade à luz e sons. Podem ocorrer independentemente da idade, inclusive, muitos bebês podem ter crises de enxaqueca.
Tensional
Ligada à musculatura, ocorre quando o músculo é tensionado na cabeça ou pescoço. A dor costuma ser moderada e não pulsante. Ela não piora com atividade física como a enxaqueca, e não causa enjoo. Podem ocorrer após um mau jeito durante uma brincadeira, ou devido à falta de sono.
Em salvas
São mais incomuns em crianças menores de dez anos. Ocorre mais de uma vez durante um período de até dez dias. Costuma ser uma dor aguda e penetrante em apenas um dos lados da cabeça. Mas a crise não dura mais do que três horas. Pode vir acompanhada de lacrimejamento, congestão, coriza e agitação.
Crônica diária
São crises de enxaquecas e tensões que ocorrem mais de 15 dias por mês. Pode ser resultante de um pequeno ferimento na cabeça, além de infecções ou uso de analgésicos sem prescrição médica.
Como saber se a criança está com dor de cabeça?
Além das próprias queixas por parte do pequeno, é importante se atentar a fatores que podem estar relacionados às dores de cabeça:
- Alimentação, sede e sono
Quando foi a última vez que seu filho foi amamentado? Ou, se for mais velho, com que frequência ele tem se alimentado? Comeu em excesso? Ele costuma tomar água? E como estão as noites de sono, ininterruptas? Lembre-se de todos esses sinais, pois a falta ou excesso de comida, água e sono podem causar dores de cabeça.
- Doenças relacionadas
Se seu filho estiver com sintomas de gripe, febre, dor de ouvido ou garganta, isso também é um sinal de que a dor de cabeça pode surgir. Nesses casos, ela pode estar associada como uma resposta do corpo no combate a infecções e inflamações.
- Traumas locais
Para crianças que se movimentam com frequência e gostam de brincar de correr, se pendurar ou de rastejar pelo chão, é necessário checar se houve algum tipo de trauma na cabeça, como uma batida ou lesão. Muitas dores pontuais surgem após esses acidentes.
- Fatores emocionais
Ansiedade, estresse e depressão não são coisas apenas de adultos. As crianças podem estar passando por algum problema na escola ou nas relações pessoais com seus pais, o que leva ao aumento de sentimentos como tristeza e solidão, relacionados a algumas cefaleias.
- Outras causas
Por fim, determinadas dores de cabeça, podem ser decorrentes de predisposição genética, especialmente as enxaquecas. Há também casos mais raros, ligados à meningite, tumores e atividade cerebral.
Quais são os tratamentos para dor de cabeça na infância?
O melhor tratamento para uma dor de cabeça na infância leve e ocasional é repousar e relaxar. Experimente colocar uma compressa fria ou mesmo quente sob a testa do seu filho para deixá-lo mais tranquilo, até a dor melhorar.
Um ambiente propício também pode ajudar. Deixe-o com iluminação baixa e sem a presença de sons ou dispositivos eletrônicos ao redor. Caso a dor não melhore, é importante procurar por auxílio médico.
O profissional de saúde irá indicar quais medicamentos a criança pode tomar. Nunca opte pela automedicação, pois alguns remédios podem ser contraindicados dependendo da idade.
Para doenças associadas, como gripes, resfriados e similares, é importante continuar seguindo com o tratamento dado por orientação médica, até que as dores passem. Em casos de meningite e tumores, pode ser necessário passar por cirurgia e internação para a melhora do bem-estar da criança.
Em casos em que o problema está na alimentação ou no sono, é importante buscar hábitos mais saudáveis na rotina, como ingerir água ao longo do dia, comer mais frutas e legumes e menos alimentos ultraprocessados, e praticar a higiene do sono.
Para lesões traumáticas, o uso de equipamento de proteção pode ajudar, como capacete ao andar de bicicleta, skate e patins. Lembre-se de evitar os gatilhos ligados às crises de enxaqueca, como forte iluminação e barulhos agudos.
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Referências bibliográficas:
Headaches in Children. Johns Hopkins Medicine, acesso em outubro de 2023.
Headaches in Children. Mayo Clinic, acesso em outubro de 2023.
Headaches in Children. Nationwide Children’s, 2022.